Separados por poucos meses e alguns quilómetros, foram roubados dois “Nada de Melancolia” do Pedro Mexia, de duas livrarias Bulhosa. Haverá um melancólico ladrão à solta? Terá sido o mesmo ladrão em Oeiras e em Campo de Ourique? E nesse caso, para que quereria ele uma segunda cópia? Para oferecer? Qual terá sido o título da crónica ou o número da página que lhe deram a coragem necessária para roubar o livro? Andará de comboio a lê-lo e terá como marcador de livro um bilhete obliterado? Mas afinal, roubar nada de melancolia é roubar alguma coisa? E a expressão "ladrão melancólico" não será redundante? Não é sempre por melancolia que o ladrão rouba, para preencher a ausência que dói?