A história, ouvi-a numa aula de jornalismo no liceu. Embora na altura estivesse certa de que era contada por Roland Barthes na sua Câmara Clara, o tempo foi-se encarregando de empalidecer essa verdade, tal e qual como acontece nas fotografias em papel (empalidecerão elas por terem olhos que desconhecemos e nos observam, invisíveis, e deste modo se assustam com o nosso olhar?). Hoje, essa história parece mais uma quase anedota, contada antes ou depois de uma referência à obra de Barthes, sobre o poder da fotografia. Uma mãe passeia um carrinho de bebé na rua e recebe rasgados elogios de outra mulher à beleza do seu filho, ao que responde: E ainda não viu a fotografia dele.